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Os Egípcios viam o espírito ka como a porção da alma que permanece perto do khat (o corpo), protegendo-o até a sua ressurreição. Os fantasmas do mundo subterrâneo percebiam o ka como um autômato sem intelecto, incapaz de abandonar o corpo ao qual estava unido. No entanto, o ka era um vigia feroz e poucos espíritos estavam prontos para correr o risco de enfrentar um. Os espíritos mais recentes, que têm apenas poucas lembranças das antigas tradições, chamaram os ka “os Guardiões da Tumba”. Com a ascensão dos Amenti, este termo foi traduzido para o egípcio antigo, Kher-minu.

O ka raramente tinha problemas para proteger o corpo contra os outros mortos. As tentativas incessantes de ladrões, novas religiões e invasores no mundo físico eram mais problemáticos. Poucos Kher-minu tiveram êxito em defender os corpos ao longo de todos os séculos.

Então, o Reino Sombrio de Areia foi varrido pela Dja-akh. Os que sobreviveram tinham uma paixão pelo dever que, inquebrantável, resistiu através das devastações dos séculos. Estes Kher-minu possuíam um amor à vida e um respeito ao corpo, que consideravam o templo divino por excelência.

O ka escolhe sempre o seu hóspede mortal entre os que têm apenas pouco instinto de proteção, ou de amor para a sua própria vida e o seu corpo. Às vezes, o eleito é uma pessoa belíssima que olhou no espelho do mundo e viu refletida apenas a feiura. Sendo um admirador do físico, o Kher-minu se delicia com o conhecimento de que todas as formas são bonitas à sua maneira.

O parceiro moderno é quase sempre a vítima de um estilo de vida destrutivo ou trágico, particularmente um indivíduo de talento notável. A obsessão pelo vício é a característica da vida do mortal. O hóspede ideal é bastante atrativo, mas não tem nenhum objetivo na vida. Perde-se na desgraça e morre antes da sua hora. Com a Terceira Vida, o Kher-minu o imuniza às tentativas do vício, mas recorda-se perfeitamente seus antigos erros. A nova múmia poderá falar dos horrores da sua Segunda Vida com um zelo que beira o fanatismo. Raros são os que poderão se igualar ao instinto de preservação deste ser que anteriormente não desejava nem mesmo defender a sua própria vida.

Como convém ao seu papel de defensor dos corpos e os túmulos, o Kher-minu especializa-se no Hekau para criar amuletos mágicos. Esta magia investe das jóias ou os vestuários de propriedades protetoras ou vivificantes.

O espírito ka seleciona o seu hóspede dentre as pessoas bonitas, mas continua imponentemente ligado a cadáveres ressequidos. Do mesmo modo, as jóias esplêndidas e delicadas dessas múmias escondem uma força estupenda e uma poderosa magia defensiva. Alguns outros tem-akh, especialmente os Sefekhi, pensam que Kher-minu são covardes, mas os seus aliados e amigos respeitam e apreciam os seus dons de guardas tão vigilantes.

Hekau Fundamental: Amuletos


O Haje[]

Graças ao seu contacto com exploradores e invasores de diferentes culturas ao longo dos séculos, um ka que efctua seu haje pode falar algumas frases limitadas em línguas relativamente modernas. O ka tenta freqüentemente visitar o lugar de descanso do seu primeiro corpo no meio do caminho, para prevenir qualquer problema pendente.


A Terceira Vida[]

Um Guardião da Tumba recém ressussitado pensa sobretudo em proteger-se. O seu espírito ka incentiva-o estudar as regras de segurança básicas e técnicas de sobrevivência avançadas, bem como se opor a qualquer impulso perigoso. A arte comum da autopreservação é levada a novas cimeiras graças ao desenvolvimento de uma magia potente e uma nova sensibilidade aos perigos. Esta prudência estende-se aos todos os aspectos da vida do Kher-minu. Esta defesa pessoal não nasce de uma forma de egoísmo, mas da consciência que a vida é preciosa e não deveria ser desperdiçada. O tempo da indiferença e maus tratos deliberados terminou; é tempo de viver saudavelmente.

Um Guardião da Tumba começa geralmente uma nova vida que lhe permite consagrar-se à defesa de um lugar ou uma pessoa, morta ou viva. A múmia pode igualmente procurar ganhar (ou reganhar) um certo grau de estrelato ou fama.

Uma vez que o Kher-minu aceitou a idéia que tomar cuidado dele mesmo faz parte da vida de acordo com Maat, pode começar a proteger os outros. Isso geralmente é tão simples quanto defender alguém que está perigo. Uma grande ameaça já basta para o ka descartar a cautela tempo suficiente para fazer a diferença durante um confronto. Ao progredir no caminho de Maat, o Kher-minu encarrega-se da proteção da vida e o corpo dos outros. Quanto mais a múmia compreende o seu papel, mais seu ka considera qualquer vida como uma extensão do seu próprio corpo. Por fim, ele tenta proteger existência e o bem-estar de todos os seres vivos. O Kher-minu abandona gradualmente qualquer prática que pode ferir o outro. Torna-se vegetariano, evita com zelo os desperdícios que poderiam prejudicar o ambiente e tenta instaurar a paz sobre a Terra. É difícil obter a paciência e a compreensão necessárias à uma atitude benevolente à escala universal. Ao seu mais elevado nível, isso se torna quase incompreensível para almas menos iluminadas.


Afiliações[]

Cedo ou tarde, a maior parte dos Guardiões da Tumba divide-se entre duas facções da sociedade dos Amenti. A forte atração do deus-rei Horus faz com que muitos se juntem à sua causa e tornem-se os mais jovens entre os Shemsu-heru. Horus é indubitavelmente um ícone físico visível e bastante chamativo, que tenta guiar toda a humanidade para Maat. Os Kher-minu mais fanáticos na sua devoção à proteção dos mortos juntam-se ao Eset-a. Participam da procura pelos pedaços dispersos de Osíris a fim de conferir ao Deus da vida a sua própria ressurreição.

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